quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Negritude Conquistando


  A abolição do tráfico negreiro no Brasil ocorreu em meados do século XIX, ocasionado pela soma de pressões internas e externas. Dentro do Brasil, alguns proprietários de escravos e a sociedade buscavam ideais humanitários e libertários. E fora deste, havia grande pressão da Inglaterra, que divulgou esses ideais em função da sua forma de trabalho mais desenvolvida, baseada nas máquinas.
  O abolicionismo britânico tinha causas culturais/religiosas e políticas, e não somente o econômico como muitas teses acreditam.
  Começando a ser vista  toda a sua desumanidade no tratamento dos negros,  os Quakers, subdivisão do mundo protestante inglês, que não admitiam o comércio violento do tráfico, utilizando isto contra a escravidão, onde se os homens são iguais, não havia razão para serem tratados sendo castigados, vivendo em condições subumanas, e morrendo. Assim, o trafico negreiro criou bases para uma opinião abolicionista, depois também usada para a abolição da escravidão. Na perspectiva política, a Inglaterra possuía certa pressão que oprimia o Brasil, por razões das dívidas geradas pelo reconhecimento da independência.
  Uma das teses apresentadas e estudadas, defendida, por exemplo, por Claudio Vicentino, é que a aboliçãodo tráfico ocorreu por razões capitalistas. Na época, já era presente na Inglaterra o capitalismo industrial, que se baseia em um sistema que visa o crescimento constante com a expansão de novos mercados. Logo, os escravos que, conceitualmente não são consumidores, representam um verdadeiro obstáculo para esse sistema imperialista. Mas esta explicação não era determinante, pois os interesses econômicos na época eram menores.
  Em ordem cronologia do abolicionismo, em 1822, Dom Pedro I prometeu por fim ao trafico em troca do reconhecimento britânico da emancipação brasileira. Mesmo com as crescentes pressões britânicas,o tráfico continuou a existir no Brasil, uma vez que toda economia que cercava o Brasil, desde o período colonial, estava sustentada no trabalho escravo, logo, essa abolição, criaria gigantescos déficits econômicos, comprometendo as suas produções.
  O governo brasileiro, agindo de forma passiva diante do tráfico, não cumprindo os acordos assumidos pelos tratados assinados com a Inglaterra, fez essa potencia tomar uma atitude severa, aprovando uma lei chamada Bill Aberdeen, em 8 de agosto de 1845, com o objetivo de aprisionar navios negreiros do Brasil. Essa lei foi praticada de forma rígida, supervisionando os navios que chegavam em portos brasileiros, fazendo até com que se houvessem escravos, estes fossem mandados de volta para a África, entre outras atitudes, chegando até mesmo a entrar em seus portos.
  A Inglaterra, ameaçando o Brasil com uma guerra, obrigou-o a cumprir os tratados, assim, em 4 de setembro de 1850, o governo brasileiro promulgou uma lei de proibição do trafico negreiro denominado Lei Eusébio de Queiroz. Algumas conseqüências dessa lei foram o crescimento do trafico interprovincial e a falta de mão de obra, ocasionando uma parcial descontinuidade do capital do tráfico para outros setores.
  Mesmo com tanta pressão sobre o Brasil, a tomada dessas decisões, em relação às leis e punições, foram muito importantes para o começo de um tratamento mais humano para os escravos, o pequeno começo de uma igualdade, que na realidade não existe até hoje.



    Grupo I
   Marcos A., João Vítor, Mariana R., Clarice C., Suli S., Erika C., Nathália A., Lucas Daniel,Matheus F., Daniel  C.

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