quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Liberdade negra

  A escravidão no Brasil iniciou-se na primeira metade do século XVI com o trafico de negros africanos, por parte dos portugueses, para serem utilizados como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar no Brasil. Alguns negros adquiriram a carta de alforria, que garantia  a  liberdade destes escravos.
Mas, devido ao preconceito e as baixas oportunidades geradas pela sociedade a população acaba "fechando as portas" para esses seres humanos. Os escravos também reagiram à escravidão, a fim de adquirir uma vida mais digna. Alguns destes fugiam dos engenhos formando nas florestas os quilombos, comunidades onde podiam praticar suas culturas de origem.
   O transporte de negros era realizado na parte inferior dos navios negreiros, onde muitos morriam antes mesmo de chegar ao destino final, sendo os corpos lançados em alto mar. Os negros eram transportados em condições desumanas, amontoados, sendo vítimas de doenças contagiosas por falta de higiene e alimentação inadequada. Em território brasileiro eram tratados da pior maneira, trabalhavam muito, recebiam uma péssima alimentação, passavam as noites em senzalas (galpões sujos, úmidos, escuros e carentes de higiene) acorrentadas para prevenir fugas.
  A abolição do tráfico negreiro ocorreu de forma lenta mesmo, erradicado somente apos a criação da lei Eusébio de Queiroz, promulgada pelo governo brasileiro por consequências das pressões inglesas. A abolição da escravatura passou por um processo parecido, pois mesmo com a criação de leis para tornar uma parcela dos escravos livres, como a lei do Ventre-Livre, só ocorreu de forma definitiva após a criação da lei Áurea.
  Pouco antes da abolição da escravatura, a mão de obra que passou a ser utilizada foi a imigrante. Sendo assim muito difícil para os negros que antes eram escravos conseguirem se sustentar ou sustentar uma família com algum trabalho assalariado, levando muitos à margem da sociedade.
  A lei Áurea foi sancionada no dia 13 de maio de 1888, assinada pela Princesa Isabel, regente do Brasil na época. Essa lei tinha como finalidade libertar os escravos, que viviam em condições de posse pelos senhores de engenho e de exploração. A aprovação da lei foi resultado da campanha abolicionista, que durou uma década no Brasil.  


  Por mais que essa lei tenha sido uma grande vitória, o negro não foi inserido na sociedade, não havendo em momento algum, projetos de integração para que os antigos escravos se mantivessem economicamente independentes na sociedade, desta forma muitos passaram a continuar prestando serviços aos seus senhores para garantir sua moradia e alimentação, gerando uma herança aos negros dos dias de hoje, a desigualdade social. 

   Grupo I
Marcos A., João Vítor, Mariana R., Clarice C., Suli S., Erika C., Nathália A., Lucas Daniel,Matheus F., Daniel  C.

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